Nova técnica da seleção do Peru, Emily Lima, ex-treinadora da seleção brasileira feminina e do Equador, ela afirmou que tem o objetivo de mudar a mentalidade das jogadoras e se declarou ao futebol feminino.
“O futebol feminino é a minha vida. A equipe técnica que está caminhando comigo, chega com muita vontade de trabalhar. Temos de conseguir mudar a mentalidade das jogadoras, mas também das pessoas que vão trabalhar perto de nós. Trabalhando juntas, vamos alcançar nossos objetivos e, aos poucos, mudar o futebol feminino”, afirmou Emily.
Trajetória da Emily no futebol feminino
Emily Lima fez seu primeiro trabalho como treinadora de futebol no Juventus, da Mooca. Ela também treinou o São Caetano, São José, São Paulo e Santos. Em 2016, marcou seu nome na história como a primeira técnica da seleção brasileira feminina, permanecendo no cargo por apenas 10 meses (foi campeã do Torneio Seleção Internacional com as Guerreiras do Brasil).
Do fim de 2019 até o meio de 2022, Emily treinou a seleção do Equador, sendo que ‘acompanhou’ de perto o título do Brasil na Copa América do ano passado. Agora, ela tem um novo desafio na seleção do Peru.
Confira a entrevista de Emily Lima ao ge
Seleção peruana
“Acho que a gente foi mais por esse novo desafio porque é um trabalho a longo prazo. É um trabalho que a gente sabe que vai ter tempo de trabalhar. Agora aqui no Brasil está pegando a moda no feminino demitido aqui e demitido ali. Então, acabamos aceitando a seleção do Peru. Me parecem ser pessoas bem organizadas pelo que nós já recebemos e foi uma indicação muito pontual também. Antes deles me procurarem, o Gustavo Silencovich, que foi o secretário geral do Equador que me contratou, ele trabalha na Fifa e é muito amigo desse pessoal e da Federação. Um dia ele me mandou mensagem. “Emily, conversei muito com o pessoal do Peru, estive lá e conversamos muito sobre você”. Esse é o nosso legado também. Deixar a boa imagem dos brasileiros fora do país”.
O desafio de mudar o perfil das atletas
abemos onde estamos indo. Nós sabemos o que vamos enfrentar, mas acho que é isso que nos chama atenção porque não tem como se acomodar. Tem que trabalhar do dia 1º de maio até o último jogo da Copa América. Isso nos atrai, vai ser um trabalho árduo, mudar o perfil de atleta. E não é um esporte individual. Mudar o perfil de 30 atletas não é fácil, mas é prazeroso. Hoje, por exemplo, assistir ao Equador jogando e ver o legado que nós deixamos no Equador. Isso é gratificante”.
Futuro como coordenadora técnica
“Por coincidência é a terceira seleção. E te digo que sinto muita falta do clube porque eu sou muito ativa. Gosto de estar no campo, montar treino todo dia apesar de que a gente trabalha todos os dias, mas assistindo aos jogos, vendo jogadora que está nos EUA, na Espanha, viajando para acompanhar. É um trabalho totalmente diferente, mas meu objetivo mais para frente é manter a comissão técnica e virar coordenadora técnica, não administrativa, coordenadora técnica. Fazer exatamente o que eu fiz no Equador e o que vou fazer no Peru. Mexer com metodologia, falar de treinamento, eu gosto disso. Além de estar no campo aplicando, eu aprendi a gostar muito disso porque é um desafio ir na parte teórica, montar tudo, mas é muito mais desafiador colocar isso em prática e depois acontecer no jogo. Penso muito, já conversei com as meninas sobre isso, mais para frente, que eu gostaria de ir para uma área mais de coordenação técnica. Então por vezes estou buscando as seleções para isso. Quem sabe dar sequência no Peru como coordenadora e as meninas continuam como comissão, quem sabe”, concluiu.