Quanto as Brabas ganharam de premiação pelo Brasileirão Feminino
O recém-conquistado pentacampeonato do Corinthians no Brasileirão Feminino expõe mais uma vez a gritante desigualdade de gênero que assola o futebol brasileiro. A premiação irrisória de R$1,2 milhão destinada às heroínas do Timão contrasta drasticamente com os milhões em reais recebidos por seus colegas homens.
Enquanto a CBF reserva migalhas às mulheres, perpetuando a discriminação histórica, os homens nadam em dinheiro. O Palmeiras, campeão masculino em 2022, embolsou impressionantes R$45 milhões, enquanto o 16o colocado Cuiabá recebeu muito mais que o dobro do que todas as jogadoras: R$15,2 milhões.
O que mudou na premiação dos anos anteriores do Brasileirão feminino?
O aumento de 20% na premiação feminina neste ano não passa de uma cortina de fumaça diante da gritante desproporção com o futebol masculino. A igualdade de gênero no esporte mais popular do país continua um sonho distante.
Urge que clubes, CBF e patrocinadores abandonem o sexismo e valorizem as mulheres que honram a camisa e trazem títulos, garantindo salários e premiações justas. A superação da misoginia e do machismo estrutural são fundamentais para que o futebol feminino atinja seu potencial e tenha o reconhecimento que merece.
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Ainda que os valores destinados ao futebol feminino tenham aumentado nos últimos anos, passando de irrisórios R$120 mil para a campeã em 2020 para R$1,2 milhão este ano, o abismo em relação ao masculino segue gigantesco. São necessários saltos, não passos, rumo à igualdade.